No ano em que se celebra a décima edição do projeto em Portugal, a final do programa Apps for Good (AFG) apresentou as 14 soluções vencedoras da competição, oriundas de escolas de todo o país. O encontro, que se realizou no dia 18 de setembro no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, contou com 23 parceiros do CDI Portugal, entre os quais, a Synopsys, a Galp, a Microsoft e o .PT, entre outras empresas e instituições de renome, bem como, com 28 membros do júri, especialistas em diferentes áreas, que contribuíram ativamente para a atribuição de todos os prémios. O Apps for Good é um programa educativo tecnológico, que desafia alunos e professores a desenvolverem aplicações que realcem o potencial da tecnologia na transformação das suas comunidades, que, até ao momento, já alcançou a 28.411 alunos, 1.856 Professores, 165 Experts e através do qual já foram desenvolvidas mais de 3.000 soluções.
No pódio do ensino secundário, liderou a equipa da Escola Secundária de Tondela com a solução “Healthcare Support Center”, que contempla um sistema de monitorização e de suporte remoto médico, em tempo real 24horas por dia / 7 dias por semana. Do Arquipélago dos Açores, foi a vez da equipa da Escola Básica e Secundária das Lajes do Pico de levar o primeiro prémio do ensino básico com a solução “reAgir”, que possibilita aos reformados mostrarem as suas habilidades e conviverem com jovens ou outros reformados.
Os prémios especiais também contaram com propostas inovadoras, onde o papel crucial das raparigas no universo da tecnologia não foi esquecido. Desde logo com o Prémio Jovem Aluna.PT, atribuído a Raquel Bettencourt pelo seu contributo no desenvolvimento da solução “reAgir”, da Escola Básica e Secundária das Lajes do Pico. Já o Prémio Melhor App 2.0, categoria criada para equipas da edição anterior que voltaram agora à competição e que deram a conhecer novas soluções ou apresentaram novos desenvolvimentos nas suas soluções, a grande vencedora foi a “Park Everywhere”, que participou na 9ª Edição do Apps for Good com a Oikos Unity, da Escola Secundária de Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, para tornar o estacionamento mais simples e acessível.
Destacou-se o poder da tecnologia na resolução de problemas do quotidiano de extrema relevância com o Prémio Tecnológico, cuja vitória foi para a solução “Healthcare Support Center”, da Escola Secundária de Tondela, solução vencedora do ensino secundário. Com o Prémio do público, a galardoada foi a “Brainy School” da Escola Básica de 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento Gouveia, Madeira, que mostra a data dos momentos de avaliação e o mapa da escola com os vários serviços/edifícios.
Os prémios por categoria representaram também um dos momentos mais marcantes do dia com a atribuição de 4 distinções: “Electronics for All”, categoria dedicada a soluções ligadas à vertente da eletrónica, criada este ano, em parceria com a Synopsys, para assinalar a 10ª edição do Apps for Good em Portugal; Climate&Energy”, com o apoio da Galp, “Melhor App em Estabelecimento Prisional” e a “Melhor App das Comunidades Portuguesas”. Na primeira categoria, da Escola Secundária Infante D. Henrique, do Porto, sagrou-se vencedor o projeto “Semáforo de Poluição”, que consiste na construção de um protótipo baseado em sensores de baixo custo para efetuar a medição dos níveis de poluentes atmosféricos e sonoros no exterior. Na segunda categoria, a “raZI”, da Escola Secundária da Maia, alcançou o primeiro lugar do pódio com um protótipo que mede diferentes parâmetros físico-químicos de massas de água e envia os dados para uma aplicação móvel, e é alimentado por um painel solar, tornando-o energeticamente independente.
Na categoria de “Melhor App em Estabelecimento Prisional”, venceu o projeto Consola 4 Live, uma consola de acesso para atender às necessidades de pessoas com diferentes tipos de limitações físicas ou cognitivas, da Escola Secundária Nuno Álvares, em Castelo Branco. Já na categoria “Melhor App das Comunidades Portuguesas”, a solução vencedora foi a “Crescemos Juntas”, da Escola Portuguesa de Moçambique, que consiste numa app informativa sobre a gravidez precoce, uma realidade muito significativa em Moçambique, com 46% das mulheres a terem filhos antes dos 18 anos.
Para João Baracho, Diretor-Executivo do CDI Portugal, “é extraordinário poder testemunhar o progresso do Apps for Good ao longo destes 10 anos e as oportunidades que tem vindo a proporcionar a tantos alunos em Portugal desde a implementação da primeira solução tecnológica até à atribuição de todos estes prémios a jovens de todo o país. Para nós, o programa representa mais do que a vertente do negócio, o nosso foco e missão passam pela inovação do modelo educativo, incentivando as escolas a adotar metodologias de ensino mais práticas e aproximadas da realidade, e de possibilitar a todos os alunos uma experiência educativa e pedagógica transformadora, que lhes permita ganhar a confiança e as competências essenciais para que uma ideia se transforme num produto para o bem da sociedade”.
O Apps for Good, durante estes 10 anos, tem trabalhado para poder oferecer aos jovens dos dias de hoje ferramentas úteis para o seu futuro, algo que caracteriza o CDI Portugal desde a sua fundação.
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