TRABALHO TEMPORÁRIO TERMINA O ANO EM CRESCIMENTO
O ano de 2024, apresenta uma
tendência positiva na colocação de trabalhadores com contrato de trabalho
temporário, alcançando um total anual de 353.771 colocações. É possível verificar
ainda um crescimento de +2,5% nos últimos três meses de 2024, em relação ao 1º
trimestre (mais 2.108 colocados). Por outro lado, o ano passado revela uma
queda face ao período homólogo de 2023 (-10,12%).
Os Barómetros
do Trabalho Temporário relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de
2024, bem
como a análise global de 2024, realizados pela APESPE-RH - Associação
Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos em
parceria com o ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) já se encontram
disponíveis para consulta em www.apesperh.pt/.
As principais
conclusões apresentadas neste barómetro são as seguintes:
- É possível observar em 2024 uma tendência positiva na colocação de trabalhadores com contrato de trabalho temporário, com 176.000 colocações no 1º semestre e 177.771 na segunda metade do ano. Por outro lado, os seis meses seguintes revelam uma diminuição face ao período homólogo de 2023 (menos 15.497 colocados).
- O ano de 2024 acaba com um decréscimo no 4º trimestre de -3,1% face ao 3º trimestre deste ano na colocação de trabalhadores com contrato de trabalho temporário, o que se traduz em menos 2.811 pessoas, num total de 87.480 colocações. Apesar desta evolução, verifica-se um ligeiro aumento de +2,5% nos últimos três meses do ano, em relação ao 1º trimestre de 2024 (mais 2.108 pessoas).
- Observa-se ainda uma diminuição nas colocações de trabalho temporário no 4º trimestre de 2024, face ao período homólogo de 2023, com uma diminuição total de menos 15.497 colocados. Numa análise mais detalhada, verifica-se que foram colocadas também menos 2.172 pessoas em outubro (-6,6%); 2.430 pessoas em novembro (-7,7%) e 367 pessoas em dezembro (-1,3%).
- No total, a diminuição no número de colocações no 4º trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior foi de -5,4% (92.449 em 2023 vs. 87.480 em 2024) e ainda -16,4% abaixo do mesmo período em 2022 (104.685 colocações). Relativamente ao acumulado do ano de 2024, foram colocados 353.771 profissionais em trabalho temporário, o que representa um decréscimo de -10,12% face ao ano de 2023 (393.594 colocações).
- Em suma, o Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), apesar de estar em grande parte do ano de 2024 abaixo dos valores verificados em 2023, mostra sinais muito positivos de crescimento, sobretudo, no último trimestre do ano, fixando-se em 0,93 em outubro, 0,92 em novembro e 0,99 em dezembro. Os últimos três meses de 2024 alcançam mesmo os valores mais elevados do ano, e também face ao período homólogo de 2023, concluindo assim este período de forma muito positiva.
·
Relativamente
à caracterização dos trabalhadores temporários, verifica-se um aumento ligeiro da
contratação de trabalhadoras do género feminino no mês de dezembro (47%), em relação
a outubro e novembro (46% em ambos).
· Ao nível da distribuição etária, entre 26% a 27% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos, no 4º trimestre de 2024. Também é significativa (cerca de 21%) a percentagem de colocados com idades entre os 25 e os 29 anos.
- O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas de trabalhadores com contrato de trabalho temporário (entre 59% a 61% no 4º trimestre de 2024). As colocações de ensino secundário (31% a 32%) ocupam o segundo lugar. Em outubro e novembro, pessoas com licenciatura mantêm cerca de 8% das colocações. Quanto ao mês de dezembro são em torno de 7% os trabalhadores com este grau de escolaridade.
- As empresas de “Fornecimento de refeições para eventos e outras atividades” surgem em primeiro lugar no 4º trimestre de 2024 (cerca de 9% a 10%). Já as empresas de “Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” assumem o segundo lugar nos setores de atividade do Trabalho Temporário nos últimos três meses do ano passado, representando cerca de 8% a 9%. Em outubro e novembro, a terceira posição é ocupada pelas empresas de “Atividades auxiliares dos transportes” (8%) e no mês de dezembro este lugar pertence às empresas de “Atividades de serviços administrativos e de apoio” (6%).
- Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, no 4º trimestre de 2024 destacam-se as “Outras profissões elementares” (entre 29% e 31%), seguindo-se os “Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes” (20% a 22%). Em terceiro lugar, estão os “Assistentes na preparação de refeições” (9% a 10%).
“É encorajador verificar
que, apesar dos desafios registados ao longo de 2024, o setor do trabalho temporário
demonstrou sinais de resiliência e recuperação no final do ano. O crescimento
de +2,5% no último trimestre em relação ao primeiro trimestre reflete a
capacidade das empresas ajustarem-se às necessidades do mercado. Vamos
continuar a trabalhar para promover um setor mais dinâmico, que responda de
forma ágil às exigências da economia e que assegure cada vez mais oportunidades
para os trabalhadores nesta área”,
refere Carla Sequeira, Diretora Executiva da Associação Portuguesa das Empresas
do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH).
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